Divaldo Franco

Médium de excelentes recursos medianímicos (psicofonia, vidência, clariaudiência, psicografia, etc.) educados à luz da Doutrina codifica pelo sábio de Lyon.

Ao falarmos de Divaldo, não podemos deixar de registrar o nome do venerando espírito Joanna de Ângelis, que vem tutelando a sua existência. Espírito este, que, revelando profunda sabedoria, se manifestaria pela primeira vez na sua juventude, identificando-se apenas por Espírito Amigo, não obstante as suas reiteradas insistências em saber da sua verdadeira identidade. Só muito mais tarde é que esse Espírito Amigo se identificaria como sendo o espírito de Sóror Joana Angélica de Jesus, abadessa do Convento da Lapa, Salvador, assassinada no dia 20 de Fevereiro de 1822 por soldados que lutavam contra a independência do Brasil, quando defendia corajosamente a honra das suas jovens tuteladas. Tão longo anonimato visou, única e exclusivamente, preservar o médium e o grupo iniciante de possíveis perturbações e exaltações, que levam quase sempre os médiuns à obsessão, à fascinação, à mistificação, a envolverem-se em situações ridículas, enfim à sua queda.

Fortalecido por uma fé racional inabalável, fundou o Centro Espírita Caminho da Redenção, a 7 de Setembro de 1947, que mantém dezenas de departamentos de apoio a jovens carentes e suas famílias, quando as têm. Dentre esses nobres departamentos, registramos aqui a Mansão do Caminho, fundada a 15 de Agosto de 1952, que tem criado e apoiado, ao longo das décadas, milhares de crianças, que são hoje homens e mulheres de bem, integrados plenamente na sociedade. Tal experiência tem sido ao longo dos tempos admirada e acarinhada por diversos governantes e servido de inspiração para outros projetos de amparo às crianças carentes, tanto públicos como privados.

Como grande médium psicógrafo, já tem publicados mais de uma centena de livros, cuja receita reverte para os serviços de assistência da Mansão do Caminho e de outras instituições de solidariedade social. Só em português já foram vendidos mais de quatro milhões de livros.

Já estão traduzidos 42 livros diferentes para as seguintes línguas: espanhol, inglês, francês, polaco, alemão, checo, italiano, esperanto e convertidos em braille (escrita para cegos).

Como dissemos, os direitos autorais são cedidos graciosamente para fins de solidariedade social, visto os Espíritos não cobrarem pelas suas obras. Estas obras tem também por objetivo divulgar o Espiritismo — o Cristianismo redivivo –, de forma idônea e sem qualquer intuito de proselitismo, porque o Espiritismo respeita todas as convicções sinceras, não lançando o anátema ou violentando a consciência dos que não pensam como nós, visto existirem tantas doutrinas filosóficas, religiosas e morais, consoante as necessidades evolutivas dos indivíduos e dos grupos.

Várias dezenas têm sido os autores espirituais das suas obras. Mas, bastaria apenas uma delas para termos um roteiro seguro para a conquista do nosso equilíbrio íntimo, da nossa paz. Entre muitos outros, registramos os seguintes: Joanna de Ângelis, Manoel Philomeno de Miranda, Victor Hugo, Amélia Rodrigues, Vianna de Carvalho, Rabindranath Tagore, Marco Prisco, Otília Gonçalves e Bezerra de Menezes.

Divaldo Franco já foi homenageado por várias centenas de instituições públicas e privadas, tanto no Brasil como no exterior, pela sua obra em favor dos desfavorecidos e sofredores e pela paz que tem trazido às consciências.

​(Retirado da Revista do II Congresso Português de Espiritismo)